sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Vácuo


Vácuo;

Ausência de movimento;

Som surdo diluído no tempo;

Beleza, no todo, o nada e um pensamento;

 

Vácuo...

Onde nada se propaga;

O universo se indaga;

E o conteúdo se apaga;

 

Vácuo!!

Ele é mesmo assim;

Um todo sem fim;

A volta sem ida

O início do caos em paz preconcebida;

 

Denis Eduardo

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Voz

 

A beleza daquela voz ecoando sobre as brumas do tempo;

Cantando um alerta de que nada se esvai com o vento;

Trazendo e levando um sonho sobre uma nova terra;

Em versos, a beleza de um único dia que nasce sem a eminência de uma nova guerra;

 

Sobre campos verdes e crianças brincando;

Não mais sobre Homens sem alma e famintos que seguiam se devorando;

Canções que há muito não se houve cantar;

Sobre outras épocas, novos tempos que ainda vão chegar;

 

De povos que se reencontram com alma imigrante;

De passos que levam a novos passos, a vida que segue ofegante.

Trovas sobre um mundo de paz e alegria;

Histórias de líderes tiranos que caíram em letargia;
 

Essa é a voz da humanidade que clama por novos  tempos, não mais encontrados nos Infernos de Dante ou nessa poesia.

 

Denis Eduardo

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

No fim


E no fim;

Os sinos já não dobrarão mais;
Lutando batalhas já perdidas, os crentes não rezarão mais;
Um estranho magnetismo tocará o ar;
Homens de metal caminharão sobre o mar;


Estarão todos cegos em busca de algo que lhes traga calma;
Estarão todos na rua do mercado central vendendo a própria alma.
Estarão todos, como loucos, estes porcos;
Estarão lúcidos, serão poucos, morrendo tortos;

As luzes cantarão lá fora,
Os relógios correrão pra nos mostrar a hora;
Os pensadores estarão nas esquinas;
Sedentos matando a sede em latrinas;

As crianças brincando à beira do abismo esperarão por algo que lhes traga alegria;
As imagens na tela anunciarão um novo dia;
Não haverá fim...