E no fim;
Os sinos já não dobrarão mais;
Lutando batalhas já perdidas, os crentes não rezarão mais;
Um estranho magnetismo tocará o ar;
Homens de metal caminharão sobre o mar;
Estarão todos cegos em busca de algo que lhes traga calma;
Estarão todos na rua do mercado central vendendo a própria alma.
Estarão todos, como loucos, estes porcos;
Estarão lúcidos, serão poucos, morrendo tortos;
As luzes cantarão lá fora,
Os relógios correrão pra nos mostrar a hora;
Os pensadores estarão nas esquinas;
Sedentos matando a sede em latrinas;
As crianças brincando à beira do abismo esperarão por algo que lhes traga alegria;
As imagens na tela anunciarão um novo dia;
Não haverá fim...