Que caminha como um trem;
Teimoso em seu trilho em busca de um novo alguém;
Tempo que anda, para e corre;
Tempo, que de tanto contar mata e morre;
Tempo, que propaga a própria sorte;
Tempo, que finda e cala na presença da morte;
Tempo que conduz o homem às margens da loucura;
... E há quem diga que a dor do amor, só o tempo cura...
Tempo que ao Mundo transforma;
Insano, que mentes transtorna;
Que mostra o certo e o inverso;
Que corre e nos revela antes do fim um último verso;
Denis Eduardo
domingo, 17 de junho de 2012
Ao amor
Sim, caia assim como a chuva;
Aqueça ao corpo nu como uma luva;
Vá! Passe assim como o tempo;
Relicário do próprio sentimento;
Continue assim como o dia;
Transformando versos em melodia;
Denis Eduardo
Aqueça ao corpo nu como uma luva;
Vá! Passe assim como o tempo;
Relicário do próprio sentimento;
Continue assim como o dia;
Transformando versos em melodia;
Denis Eduardo
Humano
Ser que se diz humano;
Ser que se faz insano;
Que mata e morre;
Que estupra e corre;
Que teu sangue corra por sobre a terra;
Que lave do solo suas sementes de guerra;
Que tuas mãos transpirem em cobiça;
Que tua fome seja saciada em carniça;
Que a força da tua cólera o queime como o inverno;
Que tua alma repouse no frio do inferno;
Que tu sucumbas à anemia da própria ignorância;
Que a vida na Terra renasça sem tua presença numa nova infância;
Denis Eduardo
Ser que se faz insano;
Que mata e morre;
Que estupra e corre;
Que teu sangue corra por sobre a terra;
Que lave do solo suas sementes de guerra;
Que tuas mãos transpirem em cobiça;
Que tua fome seja saciada em carniça;
Que a força da tua cólera o queime como o inverno;
Que tua alma repouse no frio do inferno;
Que tu sucumbas à anemia da própria ignorância;
Que a vida na Terra renasça sem tua presença numa nova infância;
Denis Eduardo
Quando
Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso antes sentir o gosto amargo da dor;
É preciso olhar pra dentro;
Reconhecer erros e então, arrependimento;
Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso antes cultivar o respeito;
É preciso banir sentimentos pequenos do peito;
Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso entender que a vida é uma ciência;
É preciso conhecer sua fórmula, paciência;
Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso mergulhar bem fundo;
É preciso reconhecer as belezas desse mundo;
Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso fazer das palavras, verdade;
É preciso ver a cada segundo uma oportunidade;
Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso nos momentos de fraqueza ser forte;
Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso dizer o quanto dói a falta que você me faz;
É preciso dizer que ainda não é tarde demais;
É preciso dizer sem se cansar, Te amo demais!
Denis Eduardo
É preciso antes sentir o gosto amargo da dor;
É preciso olhar pra dentro;
Reconhecer erros e então, arrependimento;
Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso antes cultivar o respeito;
É preciso banir sentimentos pequenos do peito;
Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso entender que a vida é uma ciência;
É preciso conhecer sua fórmula, paciência;
Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso mergulhar bem fundo;
É preciso reconhecer as belezas desse mundo;
Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso fazer das palavras, verdade;
É preciso ver a cada segundo uma oportunidade;
Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso nos momentos de fraqueza ser forte;
Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso dizer o quanto dói a falta que você me faz;
É preciso dizer que ainda não é tarde demais;
É preciso dizer sem se cansar, Te amo demais!
Denis Eduardo
domingo, 10 de junho de 2012
Transformação
E toda essa introspecção aguda;
A alma cortada em clemência muda;
Os dentes cerrados, amarrados contra toda essa censura;
Os lábios colados e os olhos abertos à beira da loucura;
Um corpo esquálido, papel e caneta na mão;
O espírito esguio sob uma certa inquietação;
Os versos correm sem uma direção;
O verbo cala, numa nova inspiração;
A vida respira e inspira essa transformação;
Um novo rosto;
O silêncio... mantenho a respiração...
No espelho o velho brilho sob nova percepção.
Denis Eduardo 05/05/12
A alma cortada em clemência muda;
Os dentes cerrados, amarrados contra toda essa censura;
Os lábios colados e os olhos abertos à beira da loucura;
Um corpo esquálido, papel e caneta na mão;
O espírito esguio sob uma certa inquietação;
Os versos correm sem uma direção;
O verbo cala, numa nova inspiração;
A vida respira e inspira essa transformação;
Um novo rosto;
O silêncio... mantenho a respiração...
No espelho o velho brilho sob nova percepção.
Denis Eduardo 05/05/12
sábado, 9 de junho de 2012
Homem
O homem é mesmo assim;
De um tudo, um todo sem fim;
Ele é mesmo do mesmo, como rumo sem sina;
Completo e oco como um poema sem rima;
O homem é mesmo assim;
Uma cópia fajuta de seu criador;
Do micro ao macro;
Com cor ou opaco;
O homem é ainda assim;
Da beleza dos fogos que estouram no céu, estopim;
Da avareza em suas conquistas à generosidade;
No universo, uma criança que corre para a eternidade;
Denis Eduardo.
De um tudo, um todo sem fim;
Ele é mesmo do mesmo, como rumo sem sina;
Completo e oco como um poema sem rima;
O homem é mesmo assim;
Uma cópia fajuta de seu criador;
Do micro ao macro;
Com cor ou opaco;
O homem é ainda assim;
Da beleza dos fogos que estouram no céu, estopim;
Da avareza em suas conquistas à generosidade;
No universo, uma criança que corre para a eternidade;
Denis Eduardo.
Tempo
Mas e se não der tempo?
Mas e se tudo o que vivemos se dissipar com o vento?
Mas e se ainda houver tempo?
Mas como se ainda não vivemos tudo o que há por dentro?
E se não der tempo?
Antes que não dê mais tempo;
Antes que a última fagulha se apague no relento;
Nos entregar um ao outro pela última vez sem se preocupar com o tempo;
Antes que não dê mais tempo...
Vá tire sua roupa;
Venha, beije minha boca;
Antes que não dê mais tempo;
Negue minha presença ou essa falta de senso;
Enxugue essas lágrimas, não use um lenço;
Antes que não dê mais tempo;
Vamos gastar o amor sem culpa ou arrependimento;
Antes que ainda nos reste tempo;
Sinta a intensidade nesses versos;
Os segundos correndo, desejo, calor e ausência de movimento;
Mas e se não der mais tempo?
Antes que não dê mais tempo;
Não culpe essa falsa ausência de sentimento;
Não julgue meus pecados, pelo menos por um momento;
Antes que não dê mais tempo;
Antes mesmo que essa poesia se acabe deixando pra trás esse nosso momento;
Mas antes que não dê mais tempo;
Mais uma vez sua pele contra a minha, enquanto ainda há tempo;
Denis Eduardo
Mas e se tudo o que vivemos se dissipar com o vento?
Mas e se ainda houver tempo?
Mas como se ainda não vivemos tudo o que há por dentro?
E se não der tempo?
Antes que não dê mais tempo;
Antes que a última fagulha se apague no relento;
Nos entregar um ao outro pela última vez sem se preocupar com o tempo;
Antes que não dê mais tempo...
Vá tire sua roupa;
Venha, beije minha boca;
Antes que não dê mais tempo;
Negue minha presença ou essa falta de senso;
Enxugue essas lágrimas, não use um lenço;
Antes que não dê mais tempo;
Vamos gastar o amor sem culpa ou arrependimento;
Antes que ainda nos reste tempo;
Sinta a intensidade nesses versos;
Os segundos correndo, desejo, calor e ausência de movimento;
Mas e se não der mais tempo?
Antes que não dê mais tempo;
Não culpe essa falsa ausência de sentimento;
Não julgue meus pecados, pelo menos por um momento;
Antes que não dê mais tempo;
Antes mesmo que essa poesia se acabe deixando pra trás esse nosso momento;
Mas antes que não dê mais tempo;
Mais uma vez sua pele contra a minha, enquanto ainda há tempo;
Denis Eduardo
Tua voz rouca
[Ela sussura] Ah... Essa tua voz rouca;
Que faz da minha sanidade essa viagem louca;
Essa tua voz rouca;
Que me faz ter vontade de lhe tirar a roupa;
Essa tua voz rouca;
Chamando por mim;
Pedindo pra ir além do fim;
Essa voz rouca;
Que me faz sentir alheia mesmo dentro de mim;
Mas não tão rápido assim;
Ah essa voz rouca;
Calma! Tome outro gole;
Ela diz que sou assim;
Outra taça, mais vinho. [Esse sou eu, saindo de mim];
Estou entorpecida;
É essa tua voz rouca, mostrando outro sentido;
Um achado, mas como se nem tudo está perdido?
...Sua voz rouca falada assim bem baixinho...
Essa voz rouca, tom ou sustenido?
[Eu] Mas como se ainda estou perdido?
Ah esse teu seio amigo...
Denis Eduardo
Que faz da minha sanidade essa viagem louca;
Essa tua voz rouca;
Que me faz ter vontade de lhe tirar a roupa;
Essa tua voz rouca;
Chamando por mim;
Pedindo pra ir além do fim;
Essa voz rouca;
Que me faz sentir alheia mesmo dentro de mim;
Mas não tão rápido assim;
Ah essa voz rouca;
Calma! Tome outro gole;
Ela diz que sou assim;
Outra taça, mais vinho. [Esse sou eu, saindo de mim];
Estou entorpecida;
É essa tua voz rouca, mostrando outro sentido;
Um achado, mas como se nem tudo está perdido?
...Sua voz rouca falada assim bem baixinho...
Essa voz rouca, tom ou sustenido?
[Eu] Mas como se ainda estou perdido?
Ah esse teu seio amigo...
Denis Eduardo
Jogos de azar (morte)
Não quero mais brincar dos teus jogos de azar;
Não quero mais cair sem saber sufocar;
Sem sentir o escuro ao me encontrar perdido
Nos meus pesadelos o teu ombro amigo;
Ao toque do entardecer
Ver o ouro empobrecer;
Deitar em sua pele quente e sentir o sangue esfriar;
Só não me faça brincar em teus jogos de azar;
Ah essa tua pele branca sussurrando pelos cantos;
Criando a cada instante o medo de sucumbir aos teus encantos;
Não importa o quanto eu lute em meus próprios sonhos de menino, me pego sempre deitado nesse chão frio de lápide estreita a me velar;
Mas não me faça sorrir em teus jogos de azar;
Há um terço em minhas mãos;
Fé alheia aos pensamentos e os joelhos em submissão;
Inerte à procura de uma migalha em teu olhar;
Não me faça apostar nesse teu jogo de azar;
(A mesa está pronta)... deitados sob o lençol de cetim;
Entregue ao azar da própria sorte;
As apostas estão fechadas, nos pulsos um corte;
Mais uma vez, sim, vamos jogar...
... Só não me faça viver sem teus jogos de azar...
Denis Eduardo
Não quero mais cair sem saber sufocar;
Sem sentir o escuro ao me encontrar perdido
Nos meus pesadelos o teu ombro amigo;
Ao toque do entardecer
Ver o ouro empobrecer;
Deitar em sua pele quente e sentir o sangue esfriar;
Só não me faça brincar em teus jogos de azar;
Ah essa tua pele branca sussurrando pelos cantos;
Criando a cada instante o medo de sucumbir aos teus encantos;
Não importa o quanto eu lute em meus próprios sonhos de menino, me pego sempre deitado nesse chão frio de lápide estreita a me velar;
Mas não me faça sorrir em teus jogos de azar;
Há um terço em minhas mãos;
Fé alheia aos pensamentos e os joelhos em submissão;
Inerte à procura de uma migalha em teu olhar;
Não me faça apostar nesse teu jogo de azar;
(A mesa está pronta)... deitados sob o lençol de cetim;
Entregue ao azar da própria sorte;
As apostas estão fechadas, nos pulsos um corte;
Mais uma vez, sim, vamos jogar...
... Só não me faça viver sem teus jogos de azar...
Denis Eduardo
A ignorância corre em tuas veias;
Alma boçal que dança em festa a própria anemia;
Cais agora, rogando por piedade;
Há lágrimas de horror, és o vírus, oh humanidade;
O fim está próximo.
Sentes a calmaria?
Respire fundo ... covardia;
És a cólera e a estupidez, morte e a agonia
És a praga transvestida de alegria;
És o pão podre... egoísmo;
... A queda, o fim, o próprio abismo.
Denis Eduardo
Alma boçal que dança em festa a própria anemia;
Cais agora, rogando por piedade;
Há lágrimas de horror, és o vírus, oh humanidade;
O fim está próximo.
Sentes a calmaria?
Respire fundo ... covardia;
És a cólera e a estupidez, morte e a agonia
És a praga transvestida de alegria;
És o pão podre... egoísmo;
... A queda, o fim, o próprio abismo.
Denis Eduardo
Cisne
Sinta a melodia;
Perceba o exato momento da noite virando dia;
O céu ainda esta escuro e a alma a dançar, esguia;
São penas negras que cobrem o corpo;
São versos nos passos daquela melancolia;
O som grave da queda, o sopro da vida, ironia;
Queres gritar, segurar a vida que sangra em alegria;
A respiração apertada, pressa; era o que sentia;
E ainda há beleza em sua utopia;
Ver a morte chegar, intensidade da vida e poesia;
O bater de asas, o ar está frio;
A vida se esvai assim como corre o rio;
Faz frio;
A escuridão espreita por detrás das cortinas;
A multidão grita aos delírios não vendo o sangue que corria;
Desvairados, cegos de egoísmo e autoidolatria;
Não vê que és tu homem, o cisne que canta o fim na própria anomalia?
Denis Eduardo.
Perceba o exato momento da noite virando dia;
O céu ainda esta escuro e a alma a dançar, esguia;
São penas negras que cobrem o corpo;
São versos nos passos daquela melancolia;
O som grave da queda, o sopro da vida, ironia;
Queres gritar, segurar a vida que sangra em alegria;
A respiração apertada, pressa; era o que sentia;
E ainda há beleza em sua utopia;
Ver a morte chegar, intensidade da vida e poesia;
O bater de asas, o ar está frio;
A vida se esvai assim como corre o rio;
Faz frio;
A escuridão espreita por detrás das cortinas;
A multidão grita aos delírios não vendo o sangue que corria;
Desvairados, cegos de egoísmo e autoidolatria;
Não vê que és tu homem, o cisne que canta o fim na própria anomalia?
Denis Eduardo.
Voz
Vozes, que se curvam à entonação do verbo;
Que se calam em adoração ao credo;
Sussurros em desejo ao amor;
Ecos à presença do horror;
Voz, som que se propaga ao oculto
Que provoca o fanatismo do culto;
Voz, vezes gritada, falada ou cantada;
Força que pulsa no vácuo calada
Voz, vida ao declamar essa poesia;
Silêncio ao encarar a ironia;
Trincas ao tocar a agonia;
Mas inda poesia;
Denis Eduardo 15/09/11
Que se calam em adoração ao credo;
Sussurros em desejo ao amor;
Ecos à presença do horror;
Voz, som que se propaga ao oculto
Que provoca o fanatismo do culto;
Voz, vezes gritada, falada ou cantada;
Força que pulsa no vácuo calada
Voz, vida ao declamar essa poesia;
Silêncio ao encarar a ironia;
Trincas ao tocar a agonia;
Mas inda poesia;
Denis Eduardo 15/09/11
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Pedacinhos de pano
Quem somos nós, senão uma colcha de retalhos?
Almas perdidas em meio às cartas de um baralho;
Que somos nós, senão pedacinhos de pano?
Amontoados aos montes, pré-concebidos assim meio que por engano;
Quem somos nós, senão simples palavras proferidas com descaso?
Recitadas assim como um poema, que esconde a face ao acaso;
Denis Eduardo
Almas perdidas em meio às cartas de um baralho;
Que somos nós, senão pedacinhos de pano?
Amontoados aos montes, pré-concebidos assim meio que por engano;
Quem somos nós, senão simples palavras proferidas com descaso?
Recitadas assim como um poema, que esconde a face ao acaso;
Denis Eduardo
Assim
Sim, eu sou assim;
Corpo quente, eloquente, vivo dentro de mim;
Eu sou assim;
Volátil, nos momentos certos, o incerto;
Serei assim, até o fim;
Sim, eu sou assim;
O puro e o pecado vivem dentro de mim;
Mas quem não é assim?
Até o fim;
A boca, os olhos, a voz, pulsam assim;
A fala e o sussurro gritam pra fora de mim;
Mas quem não me quer assim? Até o fim...
Intenso, inevitável, indo sempre até o fim;
No limite do corpo, a alma ainda diz que sim;
Mas ainda não é o fim;
Arrancando do corpo a fúria e a injúria, mesmo contra mim;
O amor, o calor e o desejo, negando o horror do sim;
Sucumbir aos seus braços, o beijo que cala o torpor do meu corpo dentro do seu;
Antes do fim.
Denis Eduardo
Corpo quente, eloquente, vivo dentro de mim;
Eu sou assim;
Volátil, nos momentos certos, o incerto;
Serei assim, até o fim;
Sim, eu sou assim;
O puro e o pecado vivem dentro de mim;
Mas quem não é assim?
Até o fim;
A boca, os olhos, a voz, pulsam assim;
A fala e o sussurro gritam pra fora de mim;
Mas quem não me quer assim? Até o fim...
Intenso, inevitável, indo sempre até o fim;
No limite do corpo, a alma ainda diz que sim;
Mas ainda não é o fim;
Arrancando do corpo a fúria e a injúria, mesmo contra mim;
O amor, o calor e o desejo, negando o horror do sim;
Sucumbir aos seus braços, o beijo que cala o torpor do meu corpo dentro do seu;
Antes do fim.
Denis Eduardo
Quem sou eu?
Verbo inanimado, de corpo insone, ensanguentado;
O que tenho eu?
Linhas à frente, em busca de conclusão;
Quem eu sou?
Fina flor de entulho, olhos cerrados, depressão e orgulho;
O que tenho agora, além da angustia que precede a aurora?
O que serei então?
Nada, se não uma caneta que discorre em vão;
O que tive, o que fui ou o que sou agora?
Ser incerto, que de certo não se sabe ao certo, bom ou mal, o que fiz ou faço, nada além do já fui lá fora.
Denis Eduardo
Verbo inanimado, de corpo insone, ensanguentado;
O que tenho eu?
Linhas à frente, em busca de conclusão;
Quem eu sou?
Fina flor de entulho, olhos cerrados, depressão e orgulho;
O que tenho agora, além da angustia que precede a aurora?
O que serei então?
Nada, se não uma caneta que discorre em vão;
O que tive, o que fui ou o que sou agora?
Ser incerto, que de certo não se sabe ao certo, bom ou mal, o que fiz ou faço, nada além do já fui lá fora.
Denis Eduardo
Cardume
Estamos inertes ansiosos por saber;
Contemplando reflexos movediços de luzes que se alongam na imensidão da noite;
Estamos à deriva, incrédulos sem ver,
Corpos mortos, mestiços que vagam sob o calor do açoite;
Pensamentos incapazes, covardes, alheios aos acontecimentos como nunca antes;
Devemos Lutar.
Devemos tomar a caneta nas mãos;
Mostrar os dentes, Oh ingenuidade feroz...
Brandir espadas contra o interlocutor algoz;
Não podemos deixar de crer
Não devemos ser como os peixes que se precipitam para a luz branca sem enxergar a rede onde vão morrer.
Denis Eduardo 01/04/11
Contemplando reflexos movediços de luzes que se alongam na imensidão da noite;
Estamos à deriva, incrédulos sem ver,
Corpos mortos, mestiços que vagam sob o calor do açoite;
Pensamentos incapazes, covardes, alheios aos acontecimentos como nunca antes;
Devemos Lutar.
Devemos tomar a caneta nas mãos;
Mostrar os dentes, Oh ingenuidade feroz...
Brandir espadas contra o interlocutor algoz;
Não podemos deixar de crer
Não devemos ser como os peixes que se precipitam para a luz branca sem enxergar a rede onde vão morrer.
Denis Eduardo 01/04/11
Há ainda quem diga: Quem somos nós?
Há ainda aqueles que dizem: Que sois vós;
E então responder:
Somos aqueles que andam ao vento;
Que se fecham à sombra daqueles que leem augúrios e tormento;
Gritar?
Minha alma gagueja;
Há frio que queima em fagulha acesa;
Uma única certeza;
Somos homens efêmeros, inertes a própria natureza;
Escrever;
Contar tudo aquilo que o homem não pode ler;
Devo me conter?
Privar a alma pobre de pão, dos que enxergam mas não sabem ver;
Me esconder?
Mas ainda assim, escolher.
Entre tudo aquilo que separa o bem do mal, sem me encolher;
Denis Eduardo 23/03/11
Caneta
De caneta na mão;
Com alegria? Melhor não;
Sons e poesia com rimas ao chão;
Mas com a caneta na mão;
Denis Eduardo
Com alegria? Melhor não;
Sons e poesia com rimas ao chão;
Mas com a caneta na mão;
Denis Eduardo
Close your eyes once more time;
Feel my lips crawling in your skin;
Hold my hands and try not to give in;
A little more wine;
Taste my blood into your vains and feel fine;
Yes, It can be a sin;
Just close your eyes and dive deep in;
Let those tears soak your calloused heart;
In the shadows, the fellings fall apart;
Make decisions;
Accept my illusions;
Denis Eduardo
Palavras
Tudo é como se corressem em por minhas veias;
Crescendo, livres, libertinas em minha mente;
Sempre tentando pular, empurrar pra frente;
Os pensamentos queimam!
A imagem no espelho não vai parar;
A chama em meu peito não quer queimar;
Estou inerte à beira de um abismo;
Antes que eu mergulhe;
Antes que eu me orgulhe;
Prendo a respiração;
Meus passos fogem sem qualquer intenção;
Prendem a alma ao chão;
Tudo o que ouço, é um som suave;
Trovões, ecoando com seu brado grave;
Tento me soltar, antes que se agrave;
Mas já é tarde;
As borboletas voam sem fazer alarde;
Mas e quanto a tarde?
Denis Eduardo
Crescendo, livres, libertinas em minha mente;
Sempre tentando pular, empurrar pra frente;
Os pensamentos queimam!
A imagem no espelho não vai parar;
A chama em meu peito não quer queimar;
Estou inerte à beira de um abismo;
Antes que eu mergulhe;
Antes que eu me orgulhe;
Prendo a respiração;
Meus passos fogem sem qualquer intenção;
Prendem a alma ao chão;
Tudo o que ouço, é um som suave;
Trovões, ecoando com seu brado grave;
Tento me soltar, antes que se agrave;
Mas já é tarde;
As borboletas voam sem fazer alarde;
Mas e quanto a tarde?
Denis Eduardo
Em dias de tormenta é preciso concatenar as ideias;
Nas calmarias reunir a alcateia;
No lusco-fusco diferenciar a ausência de luz da escuridão;
É preciso entregar-se ao oculto por detrás das portas da percepção;
Munir-se de óculos escuros e enfrentar a tempestade;
Tornar-se parte do comboio ao final dos tempos, ou sucumbir à realidade?
Nas calmarias reunir a alcateia;
No lusco-fusco diferenciar a ausência de luz da escuridão;
É preciso entregar-se ao oculto por detrás das portas da percepção;
Munir-se de óculos escuros e enfrentar a tempestade;
Tornar-se parte do comboio ao final dos tempos, ou sucumbir à realidade?
Aos filhos
Ei de viver todos os seus dias com intensidade;
Ei de viver em cada um de vós, o incerto além da verdade;
Irei vivê-los muito além das pegadas em seu caminho;
Aprenderei a tê-los e conhecê-los à beira de destroços em pergaminhos;
Irei vivê-los...
Cresceremos juntos como a obra em seu escultor;
Cairemos uma vez mais à lapidação da dor;
Mas caminharemos;
Choraremos e faremos chorar um ao outro;
Nos amaremos;
Seremos o fulgor na ideia que lampeja;
Mas seremos ainda e bem mais, a simplicidade do cosmo ou o que quer que seja;
Seremos o um e o todo a cada fagulha, e que assim seja;
Denis Eduardo 14/02/10
Ei de viver em cada um de vós, o incerto além da verdade;
Irei vivê-los muito além das pegadas em seu caminho;
Aprenderei a tê-los e conhecê-los à beira de destroços em pergaminhos;
Irei vivê-los...
Cresceremos juntos como a obra em seu escultor;
Cairemos uma vez mais à lapidação da dor;
Mas caminharemos;
Choraremos e faremos chorar um ao outro;
Nos amaremos;
Seremos o fulgor na ideia que lampeja;
Mas seremos ainda e bem mais, a simplicidade do cosmo ou o que quer que seja;
Seremos o um e o todo a cada fagulha, e que assim seja;
Denis Eduardo 14/02/10
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Ei de tingir os céus de vermelho,
Criticar o horror da alma em frente ao espelho;
Recriminar a inércia do movimento,
Extorquir da ignorância o conhecimento;
... Ei de me afastar daqueles que não sabem ver,
Escravizar seus corpos nus e fazê-los crer;
Ei de incitar os tolos a pensar e os crentes à negar;
Ei de continuar...
?
Criticar o horror da alma em frente ao espelho;
Recriminar a inércia do movimento,
Extorquir da ignorância o conhecimento;
... Ei de me afastar daqueles que não sabem ver,
Escravizar seus corpos nus e fazê-los crer;
Ei de incitar os tolos a pensar e os crentes à negar;
Ei de continuar...
?
Antes
Antes que o dia termine,
Antes que termine o dia,
Faça tudo aquilo que jamais faria;
... Antes que o dia termine,
Desprenda-se de seus medos e se ilumine,
Antes que o dia termine;
Antes que termine o dia,
E com os joelhos ao chão, lágrimas em ironia,
Antes que termine o dia,
Antes que a tarde caia,
Antes que caia a tarde,
Aqueça-se ao vento frio que corta, sangra e arde;
Antes que caia a tarde,
O clamor de novas almas, gritos e gemidos mas sem alarde,
Antes que seja tarde;
Antes que comece a noite,
Antes que a noite comece,
Feche os olhos, o oculto e então, prece;
Antes que termine o dia,
E antes que o dia se torne tarde,
Mas antes que seja tarde,
Antes que o dia alcance a noite,
Antes que a tarde se curve a sua escuridão num ultimo açoite
À luz do dia mesmo que seja tarde e ainda que seja de noite.
Denis Eduardo, em 11/04/08
Antes que termine o dia,
Faça tudo aquilo que jamais faria;
... Antes que o dia termine,
Desprenda-se de seus medos e se ilumine,
Antes que o dia termine;
Antes que termine o dia,
E com os joelhos ao chão, lágrimas em ironia,
Antes que termine o dia,
Antes que a tarde caia,
Antes que caia a tarde,
Aqueça-se ao vento frio que corta, sangra e arde;
Antes que caia a tarde,
O clamor de novas almas, gritos e gemidos mas sem alarde,
Antes que seja tarde;
Antes que comece a noite,
Antes que a noite comece,
Feche os olhos, o oculto e então, prece;
Antes que termine o dia,
E antes que o dia se torne tarde,
Mas antes que seja tarde,
Antes que o dia alcance a noite,
Antes que a tarde se curve a sua escuridão num ultimo açoite
À luz do dia mesmo que seja tarde e ainda que seja de noite.
Denis Eduardo, em 11/04/08
A different kiss,
The same miss,
Your mouth;
Your smell running into my brain,
... The same different taste, desire, my pain,
I'm here once again,
I'm here expending the life in my vain;
Your skin so close of mine,
Your blood on my mouth, an old wine;
Awakening strange feelings,
Am i alive or just dreaming?
Is it my eyes or am I just bleeding?
Denis Eduardo 23/12/11
The same miss,
Your mouth;
Your smell running into my brain,
... The same different taste, desire, my pain,
I'm here once again,
I'm here expending the life in my vain;
Your skin so close of mine,
Your blood on my mouth, an old wine;
Awakening strange feelings,
Am i alive or just dreaming?
Is it my eyes or am I just bleeding?
Denis Eduardo 23/12/11
Quebra Cabeça
É forte, intenso, tempestuoso;
... O amor é assim, queima, arde, é doloroso;
Acontece em partes, cada uma à sua vez,
Vem em ondas, é cegueira, insensatez;
São peças espalhadas sobre o tabuleiro,
São marcas deixadas na pele, cicatrizes de um guerreiro,
São os olhos. Na boca, um sorriso faceiro;
São...
Fogo que arde sem dor,
Frio que aquece e tinge sem cor,
É assim o amor;
O amor é assim, frio em busca de razão,
Ele é assim, ausência de consciência, paixão;
O delírio que busca o chão,
O credo que roga por perdão,
A fé no inócuo, tesão;
Força de divide e une,
Que leva do chão ao cume,
O amor é mesmo assim, um quebra cabeça,É...
Da mente, o profano,
No corpo, insano,
Do ato, engano
E pra alma, humano.
Denis Eduardo 28/01/12
... O amor é assim, queima, arde, é doloroso;
Acontece em partes, cada uma à sua vez,
Vem em ondas, é cegueira, insensatez;
São peças espalhadas sobre o tabuleiro,
São marcas deixadas na pele, cicatrizes de um guerreiro,
São os olhos. Na boca, um sorriso faceiro;
São...
Fogo que arde sem dor,
Frio que aquece e tinge sem cor,
É assim o amor;
O amor é assim, frio em busca de razão,
Ele é assim, ausência de consciência, paixão;
O delírio que busca o chão,
O credo que roga por perdão,
A fé no inócuo, tesão;
Força de divide e une,
Que leva do chão ao cume,
O amor é mesmo assim, um quebra cabeça,É...
Da mente, o profano,
No corpo, insano,
Do ato, engano
E pra alma, humano.
Denis Eduardo 28/01/12
"Não quero mais"
Não quero mais,
Chorar os horrores dessa guerra,
Não quero mais,
Irrigar com sangue os campos dessa Terra;
Não quero mais,
Sentir esse gosto amargo;
Não quero mais,
Ver os filhos dos filhos correndo do próprio homem, essa ameaça;
Não quero mais,
Ser o alvo "em execução" numa praça;
Não quero mais,
Sentir o vazio preenchendo a mim;
Olhar em volta e ver que caminhamos para o fim;
Não quero mais que seja assim;
O céu queima em chamas de ódio;
Não quero mais sentir a angustia desse ócio;
Há algo além dessa distância fria?
Há algo além? Ou só nos resta a hipocrisia?
Ah... a ingenuidade...
Ah... o nascer de um novo dia.
Denis Eduardo (12/02/2012)
Chorar os horrores dessa guerra,
Não quero mais,
Irrigar com sangue os campos dessa Terra;
Não quero mais,
Sentir esse gosto amargo;
Não quero mais,
Ver os filhos dos filhos correndo do próprio homem, essa ameaça;
Não quero mais,
Ser o alvo "em execução" numa praça;
Não quero mais,
Sentir o vazio preenchendo a mim;
Olhar em volta e ver que caminhamos para o fim;
Não quero mais que seja assim;
O céu queima em chamas de ódio;
Não quero mais sentir a angustia desse ócio;
Há algo além dessa distância fria?
Há algo além? Ou só nos resta a hipocrisia?
Ah... a ingenuidade...
Ah... o nascer de um novo dia.
Denis Eduardo (12/02/2012)
Clamor
Sim, vamos todos!
Vamos, somos muitos, mas não aos poucos;
Esperam por nós do lado de fora,
... Vieram do passado que semeou o futuro, invertendo o agora;
Vamos, "Que quem sabe faz a hora",
Vamos! Só mais um passo, estão todos à flora,
Estão com os nervos à flor da pele...
À ponto da implosão que mostrará uma nova aurora;
Caminhar com os pés despidos de qualquer ambição,
Sentir o choro tomando o peito sem direção,
Devemos mentir ao negar qualquer esperança,
Fechar os olhos ao toque de uma já enterrada palavra de bem aventurança,
Vamos, de peito aberto, assim como faz a criança.
Vamos...
Denis Eduardo. 30/05/12
Vamos, somos muitos, mas não aos poucos;
Esperam por nós do lado de fora,
... Vieram do passado que semeou o futuro, invertendo o agora;
Vamos, "Que quem sabe faz a hora",
Vamos! Só mais um passo, estão todos à flora,
Estão com os nervos à flor da pele...
À ponto da implosão que mostrará uma nova aurora;
Caminhar com os pés despidos de qualquer ambição,
Sentir o choro tomando o peito sem direção,
Devemos mentir ao negar qualquer esperança,
Fechar os olhos ao toque de uma já enterrada palavra de bem aventurança,
Vamos, de peito aberto, assim como faz a criança.
Vamos...
Denis Eduardo. 30/05/12
Deitados sob o lençol;
Nossos corpos ainda estavam lá, imóveis;
Deitados sobre o lençol;
Ainda estava nua;
... Deitada meio de lado, a pele quente, crua;
E o lençol?
Eu estive lá;
Mesmo sem querer, fui me levantar;
Estivemos lá;
Quis voltar atrás;
Ficar um pouco mais;
Sentir seu corpo rústico;
Corpo de homem, mãos formes, tenaz;
Aquela voz grave, sussurrada, provocando o que se escondia;
Mas precisei partir, nas janelas era a tarde que corria.
Eu Lírico 07/06/12
Nossos corpos ainda estavam lá, imóveis;
Deitados sobre o lençol;
Ainda estava nua;
... Deitada meio de lado, a pele quente, crua;
E o lençol?
Eu estive lá;
Mesmo sem querer, fui me levantar;
Estivemos lá;
Quis voltar atrás;
Ficar um pouco mais;
Sentir seu corpo rústico;
Corpo de homem, mãos formes, tenaz;
Aquela voz grave, sussurrada, provocando o que se escondia;
Mas precisei partir, nas janelas era a tarde que corria.
Eu Lírico 07/06/12
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