domingo, 17 de junho de 2012

Tempo

Que caminha como um trem;
Teimoso em seu trilho em busca de um novo alguém;
Tempo que anda, para e corre;
Tempo, que de tanto contar mata e morre;

Tempo, que propaga a própria sorte;
Tempo, que finda e cala na presença da morte;
Tempo que conduz o homem às margens da loucura;
... E há quem diga que a dor do amor, só o tempo cura...

Tempo que ao Mundo transforma;
Insano, que mentes transtorna;
Que mostra o certo e o inverso;
Que corre e nos revela antes do fim um último verso;

Denis Eduardo

Ao amor

Sim, caia assim como a chuva;
Aqueça ao corpo nu como uma luva;

Vá! Passe assim como o tempo;
Relicário do próprio sentimento;

Continue assim como o dia;
Transformando versos em melodia;

Denis Eduardo

Humano

Ser que se diz humano;
Ser que se faz insano;
Que mata e morre;
Que estupra e corre;

Que teu sangue corra por sobre a terra;
Que lave do solo suas sementes de guerra;
Que tuas mãos transpirem em cobiça;
Que tua fome seja saciada em carniça;

Que a força da tua cólera o queime como o inverno;
Que tua alma repouse no frio do inferno;
Que tu sucumbas à anemia da própria ignorância;
Que a vida na Terra renasça sem tua presença numa nova infância;

Denis Eduardo


Quando

Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso antes sentir o gosto amargo da dor;
É preciso olhar pra dentro;
Reconhecer erros e então, arrependimento;

Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso antes cultivar o respeito;
É preciso banir sentimentos pequenos do peito;

Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso entender que a vida é uma ciência;
É preciso conhecer sua fórmula, paciência;

Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso mergulhar bem fundo;
É preciso reconhecer as belezas desse mundo;

Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso fazer das palavras, verdade;
É preciso ver a cada segundo uma oportunidade;

Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso nos momentos de fraqueza ser forte;

Quando se quer reconstruir o amor;
É preciso dizer o quanto dói a falta que você me faz;
É preciso dizer que ainda não é tarde demais;
É preciso dizer sem se cansar, Te amo demais!

Denis Eduardo

domingo, 10 de junho de 2012

Transformação

E toda essa introspecção aguda;
A alma cortada em clemência muda;
Os dentes cerrados, amarrados contra toda essa censura;
Os lábios colados e os olhos abertos à beira da loucura;

Um corpo esquálido, papel e caneta na mão;
O espírito esguio sob uma certa inquietação;
Os versos correm sem uma direção;
O verbo cala, numa nova inspiração;

A vida respira e inspira essa transformação;
Um novo rosto;
O silêncio... mantenho a respiração...
No espelho o velho brilho sob nova percepção.

Denis Eduardo 05/05/12

sábado, 9 de junho de 2012

Homem

O homem é mesmo assim;
De um tudo, um todo sem fim;
Ele é mesmo do mesmo, como rumo sem sina;
Completo e oco como um poema sem rima;

O homem é mesmo assim;

Uma cópia fajuta de seu criador;

Do micro ao macro;

Com cor ou opaco;
O homem é ainda assim;
Da beleza dos fogos que estouram no céu, estopim;

Da avareza em suas conquistas à generosidade;

No universo, uma criança que corre para a eternidade;

Denis Eduardo.

Tempo

Mas e se não der tempo?
Mas e se tudo o que vivemos se dissipar com o vento?

Mas e se ainda houver tempo?
Mas como se ainda não vivemos tudo o que há por dentro?
E se não der tempo?

Antes que não dê mais tempo;
Antes que a última fagulha se apague no relento;
Nos entregar um ao outro pela última vez sem se preocupar com o tempo;

Antes que não dê mais tempo...
Vá tire sua roupa;
Venha, beije minha boca;

Antes que não dê mais tempo;
Negue minha presença ou essa falta de senso;
Enxugue essas lágrimas, não use um lenço;
Antes que não dê mais tempo;

Vamos gastar o amor sem culpa ou arrependimento;
Antes que ainda nos reste tempo;
Sinta a intensidade nesses versos;
Os segundos correndo, desejo, calor e ausência de movimento;

Mas e se não der mais tempo?
Antes que não dê mais tempo;
Não culpe essa falsa ausência de sentimento;
Não julgue meus pecados, pelo menos por um momento;

Antes que não dê mais tempo;
Antes mesmo que essa poesia se acabe deixando pra trás esse nosso momento;
Mas antes que não dê mais tempo;
Mais uma vez sua pele contra a minha, enquanto ainda há tempo;

Denis Eduardo

Tua voz rouca

[Ela sussura] Ah... Essa tua voz rouca;
Que faz da minha sanidade essa viagem louca;
Essa tua voz rouca;
Que me faz ter vontade de lhe tirar a roupa;

Essa tua voz rouca;
Chamando por mim;
Pedindo pra ir além do fim;

Essa voz rouca;
Que me faz sentir alheia mesmo dentro de mim;
Mas não tão rápido assim;

Ah essa voz rouca;
Calma! Tome outro gole;
Ela diz que sou assim;
Outra taça, mais vinho. [Esse sou eu, saindo de mim];

Estou entorpecida;
É essa tua voz rouca, mostrando outro sentido;
Um achado, mas como se nem tudo está perdido?
...Sua voz rouca falada assim bem baixinho...

Essa voz rouca, tom ou sustenido?
[Eu] Mas como se ainda estou perdido?
Ah esse teu seio amigo...

Denis Eduardo


Jogos de azar (morte)

Não quero mais brincar dos teus jogos de azar;
Não quero mais cair sem saber sufocar;
Sem sentir o escuro ao me encontrar perdido
Nos meus pesadelos o teu ombro amigo;

Ao toque do entardecer
Ver o ouro empobrecer;
Deitar em sua pele quente e sentir o sangue esfriar;
Só não me faça brincar em teus jogos de azar;

Ah essa tua pele branca sussurrando pelos cantos;
Criando a cada instante o medo de sucumbir aos teus encantos;
Não importa o quanto eu lute em meus próprios sonhos de menino, me pego sempre deitado nesse chão frio de lápide estreita a me velar;
Mas não me faça sorrir em teus jogos de azar;

Há um terço em minhas mãos;
Fé alheia aos pensamentos e os joelhos em submissão;
Inerte à procura de uma migalha em teu olhar;
Não me faça apostar nesse teu jogo de azar;

(A mesa está pronta)... deitados sob o lençol de cetim;
Entregue ao azar da própria sorte;
As apostas estão fechadas, nos pulsos um corte;
Mais uma vez, sim, vamos jogar...

... Só não me faça viver sem teus jogos de azar...

Denis Eduardo
A ignorância corre em tuas veias;
Alma boçal que dança em festa a própria anemia;

Cais agora, rogando por piedade;
Há lágrimas de horror, és o vírus, oh humanidade;

O fim está próximo.
Sentes a calmaria?
Respire fundo ... covardia;

És a  cólera e a estupidez, morte e a agonia
És a praga transvestida de alegria;

És o pão podre... egoísmo;
... A queda, o fim, o próprio abismo.

Denis Eduardo


Cisne

Sinta a melodia;
Perceba o exato momento da noite virando dia;
O céu ainda esta escuro e a alma a dançar, esguia;

São penas negras que cobrem o corpo;
São versos nos passos daquela melancolia;
O som grave da queda, o sopro da vida, ironia;
Queres gritar, segurar a vida que sangra em alegria;

A respiração apertada, pressa; era o que sentia;
E ainda há beleza em sua utopia;
Ver a morte chegar, intensidade da vida e poesia;

O bater de asas, o ar está frio;
A vida se esvai assim como corre o rio;
Faz frio;

A escuridão espreita por detrás das cortinas;
A multidão grita aos delírios não vendo o sangue que corria;
Desvairados, cegos de egoísmo e autoidolatria;

Não vê que és tu homem, o cisne que canta o fim na própria anomalia?

Denis Eduardo.

Voz

Vozes, que se curvam à entonação do verbo;
Que se calam em adoração ao credo;
Sussurros em desejo ao amor;
Ecos à presença do horror;

Voz, som que se propaga ao oculto
Que provoca o fanatismo do culto;
Voz, vezes gritada, falada ou cantada;
Força que pulsa no vácuo calada

Voz, vida ao declamar essa poesia;
Silêncio ao encarar a ironia;
Trincas ao tocar a agonia;
Mas inda poesia;

Denis Eduardo 15/09/11

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Pedacinhos de pano

Quem somos nós, senão uma colcha de retalhos?
Almas perdidas em meio às cartas de um baralho;

Que somos nós, senão pedacinhos de pano?
Amontoados aos montes, pré-concebidos assim meio que por engano;

Quem somos nós, senão simples palavras proferidas com descaso?
Recitadas assim como um poema, que esconde a face ao acaso;

Denis Eduardo

Assim

Sim, eu sou assim;
Corpo quente, eloquente, vivo dentro de mim;

Eu sou assim;
Volátil, nos momentos certos, o incerto;
Serei assim, até o fim;

Sim, eu sou assim;
O puro e o pecado vivem dentro de mim;
Mas quem não é assim?

Até o fim;
A boca, os olhos, a voz, pulsam assim;
A fala e o sussurro gritam pra fora de mim;
Mas quem não me quer assim? Até o fim...

Intenso, inevitável, indo sempre até o fim;
No limite do corpo, a alma ainda diz que sim;
Mas ainda não é o fim;

Arrancando do corpo a fúria e a injúria, mesmo contra mim;
O amor, o calor e o desejo, negando o horror do sim;
Sucumbir aos seus braços, o beijo que cala o torpor do meu corpo dentro do seu;

Antes do fim.

Denis Eduardo
Quem sou eu?
Verbo inanimado, de corpo insone, ensanguentado;

O que tenho eu?
Linhas à frente, em busca de conclusão;

Quem eu sou?
Fina flor de entulho, olhos cerrados, depressão e orgulho;

O que tenho agora, além da angustia que precede a aurora?

O que serei então?
Nada, se não uma caneta que discorre em vão;

O que tive, o que fui ou o que sou agora?
Ser incerto, que de certo não se sabe ao certo, bom ou mal, o que fiz ou faço, nada além do já fui lá fora.


Denis Eduardo

Cardume

Estamos inertes ansiosos por saber;
Contemplando reflexos movediços de luzes que se alongam na imensidão da noite;
Estamos à deriva, incrédulos sem ver,
Corpos mortos, mestiços que vagam sob o calor do açoite;

Pensamentos incapazes, covardes, alheios aos acontecimentos como nunca antes;

Devemos Lutar.
Devemos tomar a caneta nas mãos;
Mostrar os dentes, Oh ingenuidade feroz...
Brandir espadas contra o interlocutor algoz;

Não podemos deixar de crer
Não devemos ser como os peixes que se precipitam para a luz branca sem enxergar a rede onde vão morrer.

Denis Eduardo 01/04/11

Há ainda quem diga: Quem somos nós?
Há ainda aqueles que dizem: Que sois vós;

E então responder:

Somos aqueles que andam ao vento;
Que se fecham à sombra daqueles que leem augúrios e tormento;

Gritar?

Minha alma gagueja;
Há frio que queima em fagulha acesa;

Uma única certeza;
Somos homens efêmeros, inertes a própria natureza;

Escrever;
Contar tudo aquilo que o homem não pode ler;

Devo me conter?
Privar a alma pobre de pão, dos que enxergam mas não sabem ver;

Me esconder?

Mas ainda assim, escolher.
Entre tudo aquilo que separa o bem do mal, sem me encolher;

Denis Eduardo 23/03/11

Caneta

De caneta na mão;
Com alegria? Melhor não;
Sons e poesia com rimas ao chão;
Mas com a caneta na mão;

Denis Eduardo
Close your eyes once more time;
Feel my lips crawling in your skin;
Hold my hands and try not to give in;

A little more wine;
Taste my blood into your vains and feel fine;
Yes, It can be a sin;
Just close your eyes and dive deep in;

Let those tears soak your calloused heart;
In the shadows, the fellings fall apart;
Make decisions;
Accept my illusions;

Denis Eduardo

Palavras

Tudo é como se corressem em por minhas veias;
Crescendo, livres, libertinas em minha mente;
Sempre tentando pular, empurrar pra frente;

Os pensamentos queimam!
A imagem no espelho não vai parar;
A chama em meu peito não quer queimar;

Estou inerte à beira de um abismo;
Antes que eu mergulhe;
Antes que eu me orgulhe;

Prendo a respiração;
Meus passos fogem sem qualquer intenção;
Prendem a alma ao chão;

Tudo o que ouço, é um som suave;
Trovões, ecoando com seu brado grave;
Tento me soltar, antes que se agrave;

Mas já é tarde;
As borboletas voam sem fazer alarde;
Mas e quanto a tarde?

Denis Eduardo
Em dias de tormenta é preciso concatenar as ideias;
Nas calmarias reunir a alcateia;

No lusco-fusco diferenciar a ausência de luz da escuridão;
É preciso entregar-se ao oculto por detrás das portas da percepção;

Munir-se de óculos escuros e enfrentar a tempestade;
Tornar-se parte do comboio ao final dos tempos, ou sucumbir à realidade?

Aos filhos

Ei de viver todos os seus dias com intensidade;
Ei de viver em cada um de vós, o incerto além da verdade;
Irei vivê-los muito além das pegadas em seu caminho;
Aprenderei a tê-los e conhecê-los à beira de destroços em pergaminhos;

Irei vivê-los...

Cresceremos juntos como a obra em seu escultor;
Cairemos uma vez mais à lapidação da dor;
Mas caminharemos;
Choraremos e faremos chorar um ao outro;

Nos amaremos;
Seremos o fulgor na ideia que lampeja;
Mas seremos ainda e bem mais, a simplicidade do cosmo ou o que quer que seja;
Seremos o um e o todo a cada fagulha, e que assim seja;

Denis Eduardo 14/02/10

quinta-feira, 7 de junho de 2012


Ei de tingir os céus de vermelho,
Criticar o horror da alma em frente ao espelho;
Recriminar a inércia do movimento,
Extorquir da ignorância o conhecimento;

... Ei de me afastar daqueles que não sabem ver,
Escravizar seus corpos nus e fazê-los crer;
Ei de incitar os tolos a pensar e os crentes à negar;
Ei de continuar...

?

Antes


Antes que o dia termine,
Antes que termine o dia,
Faça tudo aquilo que jamais faria;

... Antes que o dia termine,
Desprenda-se de seus medos e se ilumine,
Antes que o dia termine;

Antes que termine o dia,
E com os joelhos ao chão, lágrimas em ironia,
Antes que termine o dia,

Antes que a tarde caia,
Antes que caia a tarde,
Aqueça-se ao vento frio que corta, sangra e arde;

Antes que caia a tarde,
O clamor de novas almas, gritos e gemidos mas sem alarde,
Antes que seja tarde;

Antes que comece a noite,
Antes que a noite comece,
Feche os olhos, o oculto e então, prece;

Antes que termine o dia,
E antes que o dia se torne tarde,
Mas antes que seja tarde,

Antes que o dia alcance a noite,
Antes que a tarde se curve a sua escuridão num ultimo açoite
À luz do dia mesmo que seja tarde e ainda que seja de noite.

Denis Eduardo, em 11/04/08

A different kiss,
The same miss,
Your mouth;
Your smell running into my brain,

... The same different taste, desire, my pain,
I'm here once again,
I'm here expending the life in my vain;
Your skin so close of mine,

Your blood on my mouth, an old wine;
Awakening strange feelings,
Am i alive or just dreaming?
Is it my eyes or am I just bleeding?

Denis Eduardo 23/12/11

Quebra Cabeça

É forte, intenso, tempestuoso;
... O amor é assim, queima, arde, é doloroso;
Acontece em partes, cada uma à sua vez,
Vem em ondas, é cegueira, insensatez;

São peças espalhadas sobre o tabuleiro,
São marcas deixadas na pele, cicatrizes de um guerreiro,
São os olhos. Na boca, um sorriso faceiro;
São...


Fogo que arde sem dor,
Frio que aquece e tinge sem cor,
É assim o amor;
O amor é assim, frio em busca de razão,

Ele é assim, ausência de consciência, paixão;
O delírio que busca o chão,
O credo que roga por perdão,
A fé no inócuo, tesão;

Força de divide e une,
Que leva do chão ao cume,
O amor é mesmo assim, um quebra cabeça,
É...

Da mente, o profano,
No corpo, insano,
Do ato, engano
E pra alma, humano.

Denis Eduardo 28/01/12

"Não quero mais"

Não quero mais,
Chorar os horrores dessa guerra,
Não quero mais,
Irrigar com sangue os campos dessa Terra;

Não quero mais,
Sentir esse gosto amargo;

Não quero mais,
Ver os filhos dos filhos correndo do próprio homem, essa ameaça;
Não quero mais,
Ser o alvo "em execução" numa praça;

Não quero mais,
Sentir o vazio preenchendo a mim;
Olhar em volta e ver que caminhamos para o fim;
Não quero mais que seja assim;

O céu queima em chamas de ódio;
Não quero mais sentir a angustia desse ócio;
Há algo além dessa distância fria?
Há algo além? Ou só nos resta a hipocrisia?

Ah... a ingenuidade...
Ah... o nascer de um novo dia.

Denis Eduardo (12/02/2012)

Clamor


Sim, vamos todos!
Vamos, somos muitos, mas não aos poucos;
Esperam por nós do lado de fora,
... Vieram do passado que semeou o futuro, invertendo o agora;

Vamos, "Que quem sabe faz a hora",
Vamos! Só mais um passo, estão todos à flora,
Estão com os nervos à flor da pele...
À ponto da implosão que mostrará uma nova aurora;

Caminhar com os pés despidos de qualquer ambição,
Sentir o choro tomando o peito sem direção,
Devemos mentir ao negar qualquer esperança,
Fechar os olhos ao toque de uma já enterrada palavra de bem aventurança,
Vamos, de peito aberto, assim como faz a criança.
Vamos...

Denis Eduardo. 30/05/12

Deitados sob o lençol;
Nossos corpos ainda estavam lá, imóveis;
Deitados sobre o lençol;

Ainda estava nua;
... Deitada meio de lado, a pele quente, crua;
E o lençol?

Eu estive lá;
Mesmo sem querer, fui me levantar;
Estivemos lá;

Quis voltar atrás;
Ficar um pouco mais;

Sentir seu corpo rústico;
Corpo de homem, mãos formes, tenaz;
Aquela voz grave, sussurrada, provocando o que se escondia;
Mas precisei partir, nas janelas era a tarde que corria.

Eu Lírico 07/06/12