domingo, 25 de outubro de 2015

Pseudônimo

Os tomarei como meus, os levarei comigo.

Sob o pseudônimo “homem”, regerei a humanidade;
Farei das minhas asas, as forças da sua perversidade;
Queimarei aqueles que duvidarem do meu poder;
Porei de joelhos todos os fracos que em mim não querem crer;

De escuridão e chamas se farão meu novo mundo;
Em sangue e ódio, todos cairão bem fundo;
Minhas forças estão ocultas em cada ato egoísta;
Minha figura se esconde nas sombras estando sempre à vista;

Meu caminho é plano e minha mão é leve;
Meus ritos estão na pele do homem que as descreve;
Estenda a mão. Aceita minha sugestão;
Venha! Minhas forças não terão fim e antes do fim, todos se ajoelharão;

Serei sua mão mais forte;
Serei tudo além da lâmina que provoca o corte;
O dedo no gatilho;
A dor da mãe que chora o sangue do filho;

Ditarei seu discurso mais envolvente;
A força do verbo, a mentira mais eloquente;
Serei frio sob as próprias chamas, o calor que guia as massas que não temem ver;
Fui a cruz, a espada, cada lágrima desperdiçada;

Sob o pseudônimo “homem” conduzirei uma nova era;
Farei das minhas mãos a batuta que conduz uma nova guerra;
Queimarei a todos, lavarei a terra em sangue, me mostrarei sob novas bandeiras e falsas alegrias;
A dúvida, a febre, o pranto, a dor, o ouro, o orgulho, o ego, a cobiça, a ira, tudo aquilo que transformarei em ironia;

Escuridão

          

domingo, 11 de outubro de 2015

Nada

Não há nada além de
Realidade mítica e subjetiva,
Amalgama
Desconhecida,
Acaso do caos
Deus da chuva que enxuga as gotas no céu de tempestades;

Banalidade típica dos que vão além,
Frívolos
Tambores rítmicos,
Ordem descomedida
As nuvens no céu,
Um deserto que engole almas causando a eternidade;

Beleza velada em cada gesto de amém
Terra,
Trovões e línguas de fogo
Eco,
O som do vácuo
As mãos tremem, não há escrita ou verbo que excita;

Não há nada além
Ausência
Adeus,
Horror
Escuridão em cada chama acesa
Nem mesmo o nada lhe convém;