Ele, um sujeito que não se esconde ou que mereça ser mostrado;
Não tem pai ou mãe, nem inteligente nem retardado;
Apenas mais um com ar de coitado;
Sujeito reto. Não é simples muito menos composto, sem dotes de predicado;
Não tem predileções, não possui sequer bela sombra para que seja elogiado;
Um sujeito qualquer;
Oculto no mundo, sem verbo de ligação ou alguém que o chame de namorado;
Sujeito indeterminado;
Um serzinho sem eira nem beira;
Um qualquer, que não serve sequer de adorno na prateleira;
Sujeito inexistente;
Desses que a gente despreza na vida;
Que me serviu apenas na rima de outra linha corrida.
Denis Eduardo
sábado, 18 de maio de 2019
O que não se pode ver
O ar que sopra à nossa volta;
O mesmo ar que se enfurece e bate à nossa porta;
Que molda as montanhas e acaricia as ondas;
No faz tremer brincando de assoviar nas sombras;
A fé que nos toca quando as mãos estão postas;
A mesma força que nos da as costas;
O que não se pode ver;
Tudo aquilo em que não se pode crer;
Um algo bobo;
Um algo a mais que nos guia ao engodo;
O que não se pôde ver;
Que fez então a chama parar de tremer;
Força [sussurros]
E no fim, o que se fez entender.
Denis Eduardo
O mesmo ar que se enfurece e bate à nossa porta;
Que molda as montanhas e acaricia as ondas;
No faz tremer brincando de assoviar nas sombras;
A fé que nos toca quando as mãos estão postas;
A mesma força que nos da as costas;
O que não se pode ver;
Tudo aquilo em que não se pode crer;
Um algo bobo;
Um algo a mais que nos guia ao engodo;
O que não se pôde ver;
Que fez então a chama parar de tremer;
Força [sussurros]
E no fim, o que se fez entender.
Denis Eduardo
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