Escrevendo sob a luz baixa;
Preso onde nada mais se encaixa;
Tudo flui sem sentido;
E nada corresponde aos anseios da libido;
Eu sempre estive aqui;
Alma inquieta a espera de um novo verso;
De algo novo que me leve pro outro lado, novos lagos,
imerso;
Sempre estive aqui;
Há uma voz que ouve;
Voz que ouve a todos, nos levando para lugares nunca
antes percorridos;
Há labirintos de almas, há corpos estendidos;
Estamos todos escondidos;
Há mundos sem fim;
Indo e vindo, eles são assim;
Uma nova trilha. A mesma caminhada;
O chão queima, no colo da mãe a criança imaculada;
Não há carvão, nem mesmo grafite;
Não há inspiração, se quer um mero convite;
Estão fazendo festa, a fogo queima alto;
Estamos aqui isolados a espreita do verbo que pula, como
dy assalto;
Estarei aqui sob a luz baixa;
Estarei aqui onde tudo se encaixa;
Estarei aqui. Venham comigo, pois a luz está baixa;
Estarei aqui, escrevendo uma nova faixa;
Denis Eduardo