À menina,
Deram asas de borboleta em vez do poder de voar;
Deram também olhos negros, um mar no qual navegar;
Ao apanhador de borboletas,
Em vez de redes, folhas em branco e grafite com versos a
inventar;
Mente criativa e traços rápidos para borboletas encantar;
À menina
Manias de mulher bonita;
Bater de asas com um quê de consoante fricativa;
Ao apanhador...
Ah... Ele aprendeu a contemplar borboletas em seu voo marcante;
Olhos atentos... um novo meio para o fim de
uma linha errante;
O céu...
Os brindou com quatro estações no ano;
Jardins e flores, nascer do
sol, folhas secas sobre o chão e um vento frio soprando pra longe qualquer
engano;
Sobre a borboleta?
O apanhador jamais a viu e pouco sabe sobre ela, se é
real ou se foi feita à mão em branca tela;
Ele a tem no imaginário. Sob o sol é sombreada e sob a
chuva, prisma que reflete as cores da aquarela;
Já o apanhador...
Não se pode apontar seu paradeiro;
Sabe-se apenas que mesmo sem um início, aos poucos ele a terá
por inteiro;
Nenhum comentário:
Postar um comentário