Sim, eu sou assim;
Corpo quente, eloquente, vivo dentro de mim;
Eu sou assim;
Volátil, nos momentos certos, o incerto;
Serei assim, até o fim;
Sim, eu sou assim;
O puro e o pecado vivem dentro de mim;
Mas quem não é assim?
Até o fim;
A boca, os olhos, a voz, pulsam assim;
A fala e o sussurro gritam pra fora de mim;
Mas quem não me quer assim? Até o fim...
Intenso, inevitável, indo sempre até o fim;
No limite do corpo, a alma ainda diz que sim;
Mas ainda não é o fim;
Arrancando do corpo a fúria e a injúria, mesmo contra mim;
O amor, o calor e o desejo, negando o horror do sim;
Sucumbir aos seus braços, o beijo que cala o torpor do meu corpo dentro do seu;
Antes do fim.
Denis Eduardo
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