Quem sou eu?
Verbo inanimado, de corpo insone, ensanguentado;
O que tenho eu?
Linhas à frente, em busca de conclusão;
Quem eu sou?
Fina flor de entulho, olhos cerrados, depressão e orgulho;
O que tenho agora, além da angustia que precede a aurora?
O que serei então?
Nada, se não uma caneta que discorre em vão;
O que tive, o que fui ou o que sou agora?
Ser incerto, que de certo não se sabe ao certo, bom ou mal, o que fiz ou faço, nada além do já fui lá fora.
Denis Eduardo
Nenhum comentário:
Postar um comentário