sexta-feira, 8 de junho de 2012

Quem sou eu?
Verbo inanimado, de corpo insone, ensanguentado;

O que tenho eu?
Linhas à frente, em busca de conclusão;

Quem eu sou?
Fina flor de entulho, olhos cerrados, depressão e orgulho;

O que tenho agora, além da angustia que precede a aurora?

O que serei então?
Nada, se não uma caneta que discorre em vão;

O que tive, o que fui ou o que sou agora?
Ser incerto, que de certo não se sabe ao certo, bom ou mal, o que fiz ou faço, nada além do já fui lá fora.


Denis Eduardo

Nenhum comentário:

Postar um comentário