Os
fios brancos na minha cabeça são a prova de que o tempo está passando;
...
as linhas se desenrolaram sob a ponta do grafite;
Tantos
outros versos se acumularam sem sequer perceber que estiveram sob a vigilância da sua atenção;
Novos
versos iam e vinham nos hiatos da minha imaginação;
Velhos
traços e a mesma sombra de sempre a acompanhar minha agitação;
Lá
ia eu e mais uma vez, sob a mira da sua atenção;
Sim,
nós envelhecemos. E pensava ela que não a percebia, mesmo fraca estava ali, de
prontidão;
Desde
pequenos roedores, as sombras na minha escuridão;
Sua
postura robusta afastava pra longe o mal que tentava assombrar sua família, sua
por adoção;
Minha
segurança agora está por um fio;
Se
o que disseram tantas outras vezes for verdade, “ela zela por você”, já sinto
um calafrio;
Sentirei
sua falta!
Não
ouvirei mais o alarme único dos seus passos ao meu encalço;
Não
a terei mais como o olhar atento que por tantas vezes me alertou sobre um passo
em falso;
Seus
olhos fraternos não vigiarão por mim, não mais;
Se
hoje meus passos a guiaram ao fim, me desculpe. [suspiro] Foi para que você estivesse em paz;
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